sábado, maio 10

 
Contra os "apontamentos"
Uma das minhas guerras é contra os apontamentos. Ou melhor, os alunos estudarem “pelos apontamentos”. Não sei quem os ensinou a fazerem isso, mas sei que foi um crime.
Os alunos não podem garantir qualidade àquilo que fazem. Por isso, os apontamentos que tiram são, de modo habitual, um chorrilho de asneiras. E estudam aquilo, como se fossem verdades eternas.
Por vezes, os apontamentos que os alunos tiram, ou os resumos que fazem (outro nome “técnico” para a asneira), são fragmentos sem sentido. Que eles estudam com devoção. Estudar quer dizer aqui empinar, decorar, marrar. Não significa aprender. Porque ali nada se pode aprender.
Nem sequer se for eu a ditar “bons” apontamentos. Nem assim há bons apontamentos, porque os erros de audição ou de escrita desfiguram o texto e fazem-nos estudar coisas sem sentido.
- E que é que isso significa?
- Não sei.
- E estudas aquilo que nem sequer entendes?
- Ó professor, mas nem assim consigo tirar boas notas
- Não! É por fazeres assim é que não tiras boas notas.
- Mas eu não sou capaz de outra maneira.
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