quinta-feira, abril 10

 
Saldo negativo?
Conseguimos fazer alguma coisa. Sobretudo, conseguimos que não vigorasse ali a lei da selva.
Mas não esqueço que perdi para aquela aula quatro alunos.
Aliás, a meio, vieram perguntar se podiam entrar para a segunda parte. Respondi-lhes que não.
- Vocês é que se foram embora, de livre vontade.
Percebi que vinham, ou que podiam vir, agora organizados, dar baile na segunda parte. Eu não iria conseguir controlar a situação. Creio que fui contra as regras em vigor, mas as regras não eram ali funcionais. O essencial era manter o controlo da situação e alguma produtividade com aqueles que aceitavam participar da ordem frágil que tínhamos conseguido.
Sinceramente, não creio que qualquer professor sozinho, muito menos um que vem numa hora de substituição, consiga resolver os casos mais agudos. Estes precisam de outra intervenção.
Há muitos anos que defendo que um professor comum é “de clínica geral” e que, por isso, os casos de especialidade devem ser entregues a especialistas. Que podem e devem ser professores que desenvolveram aptidões especiais.
No final da aula, os alunos que estavam dentro tinham ar de quem não tinham desgostado do que se passou. Os que ficaram de fora não ganharam nada. Eu não fui capaz de altar à altura das necessidades deles? É verdade. Mas não me condeno por isso.
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