segunda-feira, janeiro 28

 
Trabalhando os valores
Tínhamos já trabalhado os valores em várias dimensões. Para este dia tratava-se só de afinar conceitos utilizando as páginas do livro. Por exemplo: lê-se o título “A polaridade dos valores”.
- Polaridade vem de?
- Polo, respondem de imediato.
- Quantos polos tem a Terra?
- Dois.
- Quais?
- Polo Norte e Polo Sul.
- E os valores? Quantos polos tem um valor?
- Dois?
- Quais?
- Positivo e negativo, diz alguém.
Resta dar exemplos: bom e mau, bonito e feio, barato e caro... E ler o que diz o livro, acabando por ser claro: «Os valores, devido à sua polaridade, despertam em nós sentimentos de atracção ou de rejeição.»
O mesmo para a tábua de valores, que já identificam com hierarquia. Com a polaridade e a tábua de valores, faz sentido a frase: «Os valores são o que permite dar sentido às nossas vidas.»
- Que significa a palavra “sentido”?
- Orientação, diz alguém.
- E de que verbo faz parte?
- Sentir.
- Então, temos dois significados do valor. Nós sentimo-nos bem ou mal face a um objecto ou situação e o valor dá orientação à nossa escolha, diz que é preferível o polo positivo ao negativo.
Mais complicado é o passo seguinte.
- Mas onde está ou donde vem o valor? Vem do sujeito ou está nas coisas ou nas acções?
Aqui há um trabalho a fazer. Questionar a resposta que sai, por exemplo “no sujeito que escolhe”, de forma a fazer ressaltar que talvez o sujeito escolha porque o objecto é em si preferível: um remédio é preferível a um veneno, porque o remédio cura e o veneno mata. Mas, depois, é necessário fazer o percurso inverso: ressaltar a importância do sujeito na determinação do valor do objecto. Então, as coisas estão já confusas demais e é tempo de organizar a escrita.
- Na filosofia encontramos as duas posições. E até outras mais. Por exemplo: os valores, em vez de estarem no sujeito ou no objecto, não podem resultar da relação entre ambos?
E é tempo de ir trabalhar, com o livro, os conceitos que codificam o resultado: objectivismo, subjectivismo, idealismo (platónico) e relativismo.
Na segunda turma, contudo, não foi possível chegar tão longe, porque eles não foram capazes de fazer este percurso, disperso, desatentos, incapazes de fazerem as ligações indispensáveis. Disse-lhes que teriam que estudar em casa. Não podemos deixar que a falta de andamento em aula nos paralise. Têm que escolher.
Comments: Enviar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?