segunda-feira, janeiro 28

 
E agora?
Na sexta, a aula tinha terminado com a água a arrufar. Saí dizendo que era necessário inverter o andar da carruagem. Pensei em vários estratégias. Adoptei uma.
A caminho da aula, dei uma palavra aos principais “artistas” da cena anterior, do género «Hoje vais estar à altura, não é verdade?» Que sim. E, no início da aula, afirmei qualquer coisa como «Os amigos ali do fundo vão mostrar que têm nível.» E começámos a aula. E eles confirmaram as previsões.
No final, dei-lhes publicamente os parabéns, por terem mostrado que eram capazes de ter nível.Só que o caldo entornou-se na outra turma. Fim da manhã, cansados, já com fome... Quem é que lhes diz que a reflexão filosófica é suficientemente interessante para se sobrepor a tantas perturbações. Tive que insistir que aquele é um caminho errado, que temos de mudar de rumo. Vamos ver o que se consegue. A verdade é que por esse estar na aula sem estar, sem atenção e concentração eficazes leva a que se leve muito tempo e estou certo que mesmo esse tempo gasto (sim, gasto) não cria raízes, porque não toca nada de interior e vital. Não é reflexão, é apenas conversa.
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