domingo, dezembro 23

 
Teorias - 2
Pedro Oliveira é bem claro quando diz que defende que «o meio condiciona e determina mas a vontade, as escolhas pessoais predominam» e acrescenta que está «a simplificar muito» a sua opinião.
Mas está enganado. A vontade não predomina. E só tem alguma vontade quem teve oportunidade de desenvolvê-la.
E essa vontade, vem donde? Do nada?
E como é possível sustentar uma tal tese, ou teoria, contra todas as evidências e contra todas as hipóteses científicas?
Eu coloco uma hipótese. Um tal tese, contra todas as contribuições científicas é pura ideologia, pura ficção teórica que serve apenas para sustentar a demissão de fazer o que há a fazer.
É mais fácil culpar o aluno, expulsá-lo, condená-lo... do que fazer o que ainda não foi feito. (Não estou a dizer que seja o caso de Pedro Oliveira, mas garanto que é muitas vezes o caso.)
Além disso, o valor de uma teoria mede-se, em grande parte, pela sua capacidade de prever os acontecimentos. Ora aconteceu que o meu comportamento veio ao contrário do que era previsto: «- Coitados, eles são bons mas a malvada da sociedade faz com que sejam uns indisciplinados...»
A tese de Pedro Oliveira parece (digo: parece) ser ao contrário: Malvados, eles são maus mas a boa da sociedade mete-os na ordem...
E se eu adoptasse a mesma tese, esquecer a história e centrar quase tudo na vontade, então eu teria de culpar, sim, culpar, estes professores de, por falta de vontade, adoptarem posições velhas de séculos e resistirem a todas as contribuições científicas de há um século a esta parte, só para...
Para quê?
Quem quiser que responda.
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