domingo, dezembro 23

 
Candidatura - 2
Candidatar-me é quase um acto que é contra a minha natureza. Por várias razões, que têm a ver com a minha história pessoal.
Mas há uma razão suplementar. Quem me conhece, ao vivo ou através daquilo que tenho escrito ao longo dos anos, sabe que não me identifico com “esta” escola, a escola portuguesa em que todos apostam e de que ninguém gosta.
Ir participar da Assembleia Constituinte é ir trabalhar no sentido de garantir um Regulamento que faça funcionar “esta” escola. E isso eu sinto-o, de certo modo, como uma traição, sobretudo aos alunos com maiores dificuldades.
Contudo, não seria justo – nem útil – avançar noutra direcção. Porque um regulamento não altera o espírito com que se está nas coisas. Pelo contrário, é o espírito que dá corpo à lei. O resto é lirismo.
Por isso, apenas posso trabalhar no sentido de um regulamento que sirva esta escola. A escola que podemos ter nas actuais circunstâncias.
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