quinta-feira, novembro 29

 
Tempestade
Voltando ao 10º ano. Comecei a aula com uma alusão ao dia bonito que se oferecia lá fora. Desafiei-os a fruir o dia. E a agradecer a Deus, os que são crentes, ou à natureza, os que não são, e todos a sentirem por dentro a beleza de um dia assim que nos é oferecido.
Hoje, no âmbito do tema que estamos a tratar, a acção humana, queria estabelecer com eles a diferença entre "actos do homem" e "actos humanos". Começou com alguns problemas, naturais, mas depressa chegámos a um padrão de compreensão. Expliquei-lhes que era uma linguagem, que a linguagem que usamos começou por não existir e depois teve que ser "inventada", parte dela na vida do dia-a-dia e outra parte nos gabinetes dos homens e mulheres das várias disciplinas. Este é um destes últimos casos.
E fiz uma volta de revisão pelos mais fracos para que eles pudessem consolidar o adquirido. Qual quê! Parecia que nenhum lá tinha estado. Um ou outro recusava-se mesmo a dar-se ao enfado de responder.
Desembainhei a espada da língua e ataquei-os de frente. Como se estivesse furioso, e em parte até estava, obriguei-os a responder e a repetir. E disse-lhes que não tinham o direito de estar a estragar a vida às pessoas que eles mesmos vão ser daqui a 20 ou 30 anos, muito menos aos filhos deles.
- E é em nome do que vão ser dentro de 30 anos e dos vossos filhos, que ainda não se podem defender, que tenho de dizer-vos estas coisas.
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