domingo, novembro 25

 
Escrever
Desde cedo, mando-os escrever. Algumas frases, ou mesmo um texto.
Que é a filosofia?
Leio e corrijo. Por vezes mando corrigir o que foi escrito. E assim vão progredindo. Consolidam o que vamos dando e sobretudo desenvolvem um discurso próprio, que vou procurando que melhore.
Escrever é um trabalho criativo, é assumir-se como voz própria, é constituir-se como autor, mais especificamente como filósofo, ainda que aprendiz. Por isso, esforço-me para que fujam do plágio, da repetição por outras palavras, pela reprodução do livro ou do professor.
No início, há alunos que não conseguem escrever mais que uma ou duas frases. Por vezes não conseguem dizer mais do que confessar a sua incapacidade. Mas, pouco a pouco, vão desenvolvendo uma competência que esperava o exercício.
Para mim, eles são convocados a duas produções: oral, na aula, e escrita, na aula e em casa. (É claro que alguns esquecem-se e escrevem "umas coisas" antes da aula", mas depressa vêem que isso não dá.)
Quando se lê os textos dos alunos, encontra-se boas produções, algumas que são verdadeiras surpresas. Mas também nos damos conta de que alguns perceberam ao contrário, que perceberam coisas de que nem suspeitávamos. Pelo que este exercício da escrita dos alunos tem um duplo efeito no professor: alguma satisfação pelo caminho andado e a percepção de correcções a fazer.
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